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Brasil avança na proteção contra o HPV.


1. Introdução 

Com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção do câncer do colo do útero, será dada a continuidade à estratégia de vacinação contra o papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18. A vacinação, conjuntamente com as atuais ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilitará prevenir a doença nas próximas décadas. Atualmente este agravo representa a terceira causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras e faz, por ano, 5.264 vítimas fatais.

Os tipos virais oncogênicos (indutores de turmores) mais comuns são HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, enquanto os HPV 6 e 11 estão associados a até 90% das lesões anogenitais. No Brasil, o perfil de prevalência de HPV é semelhante ao global, sendo 53,2% para HPV 16 e 15,8% para HPV 18. Outros tipos de câncer que podem estar associados ao HPV são de vagina, de vulva, de pênis, de ânus e de orofaringe. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Embora tenha baixa frequência, pode ocorrer à infecção por sexo oral. Mas também pode ser transmitido por meio de objetos compartilhados (toalhas, roupas íntimas, etc.), durante o parto ou, ainda através de instrumentos ginecológicos não esterilizados.

Os estudos mostram que a melhor ocasião para vacinação contra o HPV é efetivamente na faixa etária de 9 a 13 anos, antes do início da atividade sexual. Além disso, é nessa época da vida, que a vacinação proporciona níveis de anticorpos mais altos que a imunidade natural produzida pela infecção do HPV.

 

2. Vacinação contra o HPV na saúde pública do Brasil

O Ministério da Saúde juntamente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde iniciou em março de 2014 a vacinação para meninas de 11 a 13 anos de idade com primeira dose com a vacina HPV e em setembro de 2014 a segunda dose do esquema vacinal. A partir de 3 de março de 2015 será aplicada a primeira dose para as meninas de 9, 10 e 11 anos de idade e em setembro de 2015 a segunda dose. 

Este ano a grande novidade é ampliação da vacinação para as meninas e as mulheres de 9 a 26 anos de idade vivendo com HIV (infectadas pelo HIV) Esta população foi incorporada como alvo prioritário na extensão de cobertura, considerando que as neoplasias anogenitais e as lesões intraepiteliais decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores de HIV e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Os estudos apontam que o câncer cervical tem cinco vezes mais probabilidade de se desenvolver em mulheres HIV positivas do que na população geral.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS recomendou, em abril 20147,8, o esquema de três doses (zero, um/dois e seis meses) para os infectados pelo HIV. A vacinação de pessoas HIV positivas com a vacina HPV é recomendada pela OMS e pelo Comitê Consultivo em Práticas de Imunização (ACIP) do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). As recomendações deste Comitê corroboram as Diretrizes de Cuidados Primários da Sociedade de Doenças Infecciosas da América (IDSA), que indica a vacina HPV na rotina de adolescentes e adultos jovens de 9 a 26 anos infectados pelo HIV.

 

3. Esquema vacinal 

O esquema vacinal estendido consiste na administração de três doses (0, 6 e 60 meses), ou seja, o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de seis meses e entre a primeira e terceira dose de 60 meses. Deverão ser vacinadas as adolescentes de até no máximo 13 anos, 11 meses e 29 dias que ainda não tenham recebido a primeira dose (as nascidas a partir de 1 de março de 2001). No entanto, as meninas com 14 anos de idade que já iniciaram o esquema vacinal deverão receber a segunda dose e seguir o esquema vacinal recomendado. O mesmo procedimento deverá ser realizado com mulheres vivendo com AIDS que completaram 27 anos, que já tinha iniciado o esquema vacinal com 26 anos. As meninas e mulheres de 9 a 26 anos de idade vivendo com HIV deverão receber a vacina no esquema 0, 2 e 6 meses, ou seja, intervalo entre a primeira e entre a primeira e segunda dose 2 meses e intervalo entre 1ª. e a 3ª dose, de 6 meses.

 

4. Eventos adversos após vacina HPV 

Reações locais: Dor, edema e eritema de intensidade moderada, no local de aplicação.

Manifestações sistêmicas: Cefaléia; Febre de 38ºC ou mais; Síncope (ou desmaio - para reduzir risco de quedas e permitir pronta intervenção caso ocorra à síncope, a adolescente deverá permanecer sentada e sob observação por aproximadamente 15 minutos após a administração da vacina HPV). 

 

IMPORTANTE - A exemplo do que já é orientado para as outras vacinas, na ocorrência das seguintes situações abaixo, com o objetivo de afastar qualquer associação com a vacina, à notificação também deverá ser realizada em 24 horas: - hospitalização por 24 horas; 

- disfunção ou incapacidade significativa e/ou persistente (sequela); 

- evento que resulte em anomalia congênita;  risco de morte; óbito.  

 

Adaptado: INFORME TÉCNICO DO CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Divisão de Imunização SP - FEVEREIRO 2015



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